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Mercado de Imóveis
Mercado de Imóveis

Mercado de Brasília nas alturas  -  

Cidade tem os imóveis mais valorizados do país. O metro quadrado gira em torno de R$ 7.500, segundo o boletim de Conjuntura Imobiliária do Secovi. Águas Claras lidera na valorização dos imóveis comerciais

By  AMANDDA SOUZA
Redação Jornal da Comunidade

O setor imobiliário do Distrito Federal é um dos que apresentam a maior valorização do país. Tombamento da capital faz com que a construção civil se volte para as cidades-satélites e para a região do Entorno

O boletim de Conjuntura Imobiliária divulgado pelo Sindicato da Habitação do Distrito Federal (Secovi/DF), referente ao mês de abril, traz Brasília como a cidade com os imóveis mais valorizados, com o metro quadrado custando, em média, R$ 7.500. O estudo conclui que em todo o Distrito Federal os valores dos imóveis continuam crescendo, o que demonstra uma tendência de alta no mercado.

Carlos Hiram, presidente do Secovi-DF, diz que o boletim serve como subsídio de pesquisa e auxiliará o meio acadêmico, que antes buscava outras cidades para desenvolver estudos. Brasília agora passa a dispor de indicadores. “O mais importante é que passamos a fazer de forma sistemática os valores de preços de aluguel, rentabilidade e indicadores. Nosso objetivo passa a ser definir essa tendência de mercado, que hoje está altíssima”, acrescenta.

Ele conta que as pessoas sentiram uma valorização muito forte nos últimos três anos, em função do crédito, da injeção de dinheiro novo e do boom dentro do financiamento habitacional. “Existia um déficit habitacional em demanda efetiva. Não tínhamos imóveis suficientes e, por isso, não havia crescimento, que agora temos”, ressalta.

Hiram explica que há dois fatores que interferem no resultado da pesquisa: a crescente de Águas Claras e a demanda em Brasília, que é reprimida. “Águas Claras, como cidade que se firmou e apresentou uma nova forma, com construções verticais que oferecem áreas de lazer, é uma nova forma de morar, porque Brasília não tinha isso antes. Agora há imóveis maiores e isso puxou grande parte da demanda, que correu para a jovem cidade. Em função da densidade demográfica, o comércio veio junto. E o que ocorreu em Águas Claras começa a ocorrer no Guará e a transformar a cidade, com construções diferentes do que era oferecido anteriormente”, exemplifica.


A respeito do crescimento das cidades-satélites, Carlos assegura que há, ainda, alguns aspectos que devem ser enxergados, como o tombamento da capital federal, que faz a construção civil crescer ao seu redor, e as oportunidades de emprego na cidade, agregadas à qualidade de vida e estrutura, pois é onde movimenta a via política e o centro nervoso da cidade”, define.

Números do DF impressionam.

Essa tendência pode ser nitidamente verificada pela constante valorização do Guará. “Isso se deve à modernização da cidade com vários lançamentos previstos”, afirma o presidente do sindicato. De acordo com o boletim, um apartamento de três dormitórios na região não sai por menos de R$ 440 mil. Ainda segundo a pesquisa, o Sudoeste apresenta os valores mais homogêneos e em constante valorização, com o m² em torno dos R$ 8.000. Vale ressaltar a valorização dos imóveis comerciais. O valor do m² de lojas e salas comerciais em Brasília e Águas Claras varia de R$ 6 mio a R$ 9 mil.


O boletim traz também a oferta de imóveis para locação (20% da amostra). Segundo os dados, as quitinetes continuam sendo bastante relevantes para o mercado imobiliário. O aluguel de uma quitinete em Águas Claras está em torno dos R$ 700. Já em Brasília não se aluga por menos de R$ 940, dependendo do bairro. A Asa Sul é a detentora dos valores mais expressivos, seguida dos imóveis do Lago Norte, que revelaram ter os preços do metro quadrado mais valorizados para quitinetes e apartamentos com um e dois dormitórios

Entrada do condomínio Acquavilla, da Caenge, prima pela modernidade
Em relação aos imóveis comerciais para aluguel, Águas Claras continuou apresentando o metro quadrado de loja mais caro. Brasília ficou com o metro quadrado mais caro no que se refere às salas comerciais. Em relação aos bairros de Brasília, a Asa Sul apresenta os mais caros alugueis por metro quadrado, porém a Asa Norte e o Lago Sul superam, em valores medianos, o preço dos alugueis de lojas e salas comerciais. O aluguel de uma loja na Asa Norte é de R$ 3.000 e de uma sala no Lago Sul sai por R$ 1.800.

O boletim de abril faz um balanço dos quatro primeiros meses do ano e conclui que Águas Claras teve uma sequência de leves aumentos nos preços por metro quadrado dos apartamentos de dois e três dormitórios ofertados. No entanto, as quitinetes ainda representam o maior valor por metro quadrado nessa cidade. O mesmo ocorre no Guará, localidade com as maiores oscilações, onde o preço das quitinetes, após sofrer queda em fevereiro, volta a ter o valor mais expressivo da cidade, atingindo cerca de R$ 6 mil o metro quadrado para comercialização.

Nesses primeiros meses do ano, o mercado de Brasília tem se mostrado estável em relação aos preços, mas sempre com a tendência de alta e a consequente valorização dos imóveis na capital.

 

Lei da oferta e da procura:
Célio Sabino, gerente de empreendimento da Caenge, acredita que os resultados do boletim comprovam o poder aquisitivo de Brasília. “Realmente, a demanda é grande e o DF se expandiu para as outras cidades. A Caenge tem intenção de lançar três novos projetos ainda este ano, pois acreditamos neste potencial e nesta tendência que o mercado imobiliário oferece”, destaca.

 


Leonel Alves, diretor comercial da Imobiliária Lopes Royal, acha que Brasília tem um metro quadrado valorizado porque tem pouco espaço, é uma cidade tombada, não tem característica para crescer tanto, além da falta de espaço. “O imóvel no DF passou por um período de quase 20 anos sem sofrer correção. Agora está sendo ajustado em preço de mercado. Ainda existe muito espaço para valorizar. Agora, os empreendimentos estão chegando dentro do preço factivo, um padrão normal. Começou-se um círculo virtuoso em valorização. Até pelo crescimento do país, que passou a ter uma liquidez maior e as pessoas começaram a ganhar mais”, comenta.

 

O diretor cita que há muitas pessoas que não foram atendidas em Brasília e que o crescimento das cidades-satélites contribui para a tendência de alta do mercado imobiliário.

 

Há opções para todos os gostos. “Agregando valores, a velocidade das vendas aumenta, a venda é rápida e o consultor investe em outros terrenos. Tudo faz parte de um convencimento. Tem o cliente que prefere morar no Plano Piloto, onde não se pode fazer condomínio fechado, mas tem a localização como diferencial. E há quem prefira a diferença de preços e busca pela cidade satélite, com conforto e imóveis maiores. Estamos em meio a um crescimento populacional e as áreas vão se esgotando. Com a lei da oferta e da procura, a valorização se dá pela necessidade e o imóvel é um excelente investimento, uma maneira segura de investir com boa rentabilidade

 

O preço do metro quadrado no País

 

Compare o valor dos imóveis anunciados nas sete regiões pesquisadas

 

 

Fonte: FipeZap